SÍNDROME DOLOROSA COMPLEXA DE DOR REGIONAL


A Síndrome Dolorosa Complexa de Dor Regional é uma entidade clínica caracterizada por um quadro de dor intensa no membro, associado a múltiplas alterações sensitivomotoras e autonômicas. Geralmente, ocorre após um evento, como trauma ou cirurgia, mas pode ocorrer de forma espontânea.

O diagnóstico é clínico, e o tratamento deve ser iniciado o mais precocemente possível para um adequado controle da dor e da função do membro. A abordagem por uma equipe multidisciplinar se faz necessária para melhores resultados!

FISIOPATOLOGIA

É causada por um processo multifatorial que envolve mecanismos periféricos e centrais. Como numa balança, esses fatores contribuem de maneiras diferentes em cada paciente, gerando diversidade nas apresentações clínicas.

  1. Fatores relacionados à lesão inicial: Aumento de citocinas inflamatórias, como interleucina 1β, substância P, osteoprotogerina, gerando alodínea, hiperalgesia, edema e alteração vasomotora.
  2. Sensibilização nociceptiva central e periférica: No sistema nervoso central, há aumento da excitabilidade neuronal. No sistema nervoso periférico, ocorrem alterações nas fibras aferentes que aumentam o disparo nociceptivo para estímulos não dolorosos como mecânico e térmico. Isso explica dor espontânea, hiperalgesia e alodínea.
  3. Função alterada do sistema nervoso simpático e acoplamento simpático-aferente: Ocorre expressão de receptores de catecolaminas nas fibras nociceptivas, ou seja, as catecolaminas liberadas em resposta a dor ou estresse podem desencadear diretamente o disparo dos nociceptores, gerando dor (fenômeno chamado de acoplamento simpático-aferente).
  4. Fatores inflamatórios e imunológicos: Estudos tem sido feitos na tentativa de associar citocinas inflamatórias, imunoglobulina G e autoanticorpos na gênese da patologia. A suposição é que a SDRC seja uma expressão da autoimunidade.
  5. Alterações cerebrais: Os estudos de imagem cerebral sugerem alterações nas vias de dor e no sistema somatossensorial.
  6. Fatores genéticos: Ainda são pouco conhecidos. Estão em pesquisa genes que codificam adrenoceptores e sistema HLA (antígenos leucocitários humanos).
  7. Fatores psicológicos: Os fatores psicológicos isoladamente não geram SDRC, contudo, devido a dor e incapacidades gerados pela doença, cerca de 25-49% dos pacientes pode desenvolver algum transtorno do humor.

TRATAMENTO

  • Fisioterapia
  • Alongamento
  • Exercício Isométrico
  • Controle de Edema
  • Condicionamento aeróbico
  • banhos de contraste
  • Psicoterapia – Cognitiva comportamental