A psicopedagogia é o campo do saber que se constrói a partir de dois saberes e práticas: a pedagogia e a psicologia. O campo dessa mediação recebe também influências da psicanálise, da linguística, da semiótica, da neuropsicologia, da psicofisiologia, da filosofia humanista-existencial e da medicina.
Orientação a Pais e Educadores
A orientação auxilia no processo de educação de crianças, tanto pequenas como adolescentes e jovens, visando a modificação de comportamentos, tanto dos próprios pais e educadores quanto das crianças.
Esse procedimento busca transmitir padrões, valores e normas de conduta que possam garantir uma vida em grupo saudável, participação social e o pleno desenvolvimento das potencialidades.
Avaliação Psicopedagógica
A avaliação psicopedagógica tem como objetivo investigar o processo de aprendizagem do indivíduo visando compreender a origem da dificuldade e/ou distúrbio apresentado.
Neste processo incluem, entrevistas com os pais ou responsáveis pela criança e/ou adolescente, análise do material escolar, aplicação de diferentes atividades e uso de testes para avaliação do desenvolvimento, áreas de competência e dificuldades apresentadas.
Intervenção Psicopedagógica
Após ser realizado toda avaliação psicopedagógica, é então traçado um método de ensino baseado nas dificuldades apontadas.
Na intervenção psicopedagógica o procedimento adotado tem como objetivo sanar as dificuldades apresentadas gradativamente, aprimorando suas habilidades e superando seus déficits de aprendizagem.
A duração dessa intervenção psicopedagógica depende de vários fatores, como por exemplo, o grau da dificuldade do paciente.
Lembrando que agora temos identificado onde está o déficit (dificuldade) desse paciente.
Treino Cognitivo
Tem o objetivo de aprimorar as habilidades cognitivas gerais, como atenção, funções executivas, memória, percepção, praxia, linguagem, entre outras, e isso tende a fazer com que o paciente consiga buscar mais estratégias de adaptação frente às demandas do dia a dia.
TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
Trata-se de um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância, podendo acompanhar o indivíduo por toda a sua vida, inclusive, na fase adulta.
Este transtorno é caracterizado por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade, manifestando-se na vida pessoal, acadêmica e social do paciente, por isso, o diagnóstico realizado com a ajuda de profissionais ligados à área (Psicopedagogo, Psicólogo e Neurologista) pode auxiliá-lo na descoberta de diferentes formas de conviver com este transtorno, possibilitando ao paciente uma considerável mudança na qualidade de vida.
Disfasia
Falhas no processo de decodificação fonológica com consequente comprometimento da habilidade de compreender o que ouve são decorrentes da Disfasia, um transtorno do desenvolvimento caracterizado por inconformidades na aquisição da linguagem. O tratamento se baseia em intervenção social, abordagem fono-terápica e acompanhamento psicopedagógico ou psicológico de acordo com as necessidades do paciente.
Dislexia
Consiste em um distúrbio específico caracterizado pela dificuldade na decodificação de palavras, denotando uma insuficiência no processamento fonológico.
Portanto, caracteriza-se e, uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica, sendo marcada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e na inabilidade de decodificação e soletração.
O portador de Dislexia quando recebe o diagnóstico possui alguns direitos em relação às formas de abordagem/aprendizagem, podendo realizar avaliações acadêmicas e/ou profissionais oralmente e com auxílio do computador, otimizando a transmissão do conhecimento e o desenvolvimento de suas potencialidades.
Disgrafia
Também chamada de letra feia, a Disgrafia caracteriza-se na incapacidade de recordar a grafia da letra, porém, não está associada a nenhum tipo de comprometimento intelectual. Sendo assim, o indivíduo que apresenta sintomas da Disgrafia deve ser compreendido em suas peculiaridades, recebendo estímulos e atendimento individualizado complementares à escola, visando desenvolver e melhorar suas habilidades motoras. Algumas características da Disgrafia consistem em: lentidão na escrita, letra ilegível, escrita desorganizada, traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves, desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial, desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando, desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou muito grande, escrita alongada ou comprida.
Discalculia
Neste caso, o fator comum é a presença de dificuldades a nível matemático, como por exemplo, noções de tempo, medidas, cálculos, problemas matemáticos, símbolos, entre outros. A palavra Discalculia vem do grego (dis, mal) e do Latin (calculare, contar) formando: contando mal, ou seja, trata-se de um impedimento da matemática que caminha junto com outras limitações, tais como a introspecção espacial, dificuldade de memorização e problemas de ortografia. Os sintomas da Discalculia são diversos e, de forma geral, apresentam-se quando a criança, adolescente ou adulto demonstram dificuldades na área da matemática, como fraca capacidade para contar, dificuldade em reconhecer números e símbolos matemáticos, compreender situações-problemas e desenvolver algoritmos.
Psicopedagogia e o Atendimento ao Idoso
Como sabemos, o processo de aprendizagem é para vida inteira, porém o cérebro precisa ser estimulado para se manter saudável e quando é ativado suas conexões neurais melhora suas funções.
Nosso trabalho está associado de modo preventivo e interventivo nos processos das perdas do desempenho das habilidades da memória, da linguagem, raciocínio, trazendo com tudo isso o bem-estar por estar ativo e participativo com o meio em que vive.
Trabalhamos também com a intervenção clínica com portadores de Alzheimer, pois nosso trabalho visa uma qualidade de vida no envelhecimento humano, trabalhando de forma constante na estimulação cognitiva para que possamos prevenir a degeneração e preservando por mais tempo a memória do idoso.
Após uma avaliação individual com o paciente ou com a família, será então realizado uma plano terapêutico, para que a partir daí seja direcionado as atividades e possamos seguir com o plano de intervenção do idoso, para que então ele possa alcançar uma qualidade de vida.
Alfabetização e Intervenção para Autistas
O processo de alfabetização é complexo para criança com TEA.
(Transtorno do Espectro Autista), porém toda pessoa é capaz de aprender, em seu tempo e de formas diferentes. Isso não é diferente nos casos de pessoas com TEA ( Transtorno do Espectro Autista).
A Educação Infantil trabalha habilidades e conceitos considerados pré-requisitos fundamentais para a alfabetização.
Exemplo:
Esquema corporal , Lateralidade , Posição , Direção , Espaço , Tamanho, Quantidade, Psicomotricidade, Linguagem, Forma, Discriminação visual e auditiva , Análise e síntese, Além da convivência e interação social.
No caso de alunos com TEA na Educação Infantil todas essas habilidades são trabalhadas, dentro da compreensão deles, respeitando os limites e a melhor forma como a criança irá aprender, juntamente com os precursores de linguagem que são, olhar, sorriso responsivo, movimentos antecipatórios, atenção junta e compartilhada, apontar, imitação, pois ocupam uma pré-condição indispensável muito importante no desenvolvimento da leitura e da escrita.” Quando vamos iniciar o processo de alfabetização de crianças com TEA devemos avaliar todo seu desenvolvimento pedagógico.